terça-feira, 16 de outubro de 2007

O "mau" hábito

Gosto de observar o que se passa em meu redor. Modos de andar, de interagir, expressões faciais, as leituras de café... Por vezes basta um pequeno detalhe e, mal dou por mim, o pensamento voa, procurando explicar determinados gostos e intrepertar comportamentos. Não se trata de imaginar histórias ou personagens é apenas um acto de observação.

O que é certo é que o meu cérebro viaja mais do que desejável. Não são raras as vezes em que isso acontece a meio de uma conversa num café, na rua ou mesmo numa reunião. Deixa-me completamente desconcentrada e, compreensivelmente, aborrece a(s) pessoa(s) a quem deveria estar atenta.

É importante sublinhar o facto de ser um exercício de observação, o que é muito diferente de curiosidade e cosquice. Não tenho como hábito passar horas à janela e muito menos ficar escondida atrás do cortinado!

O que é certo é que esta minha característica faz com que eu reconheça muitos rostos. Escola, Lisboa, faculdade, trabalho, Alentejo, férias... imensos locais. E como o meu cérebro não tem uma capacidade ilimitada para guardar informação completamente desnecessária, reconhecer apenas caras pode ser angustiante.

Onde quer que esteja, acabo por ter sempre a sensação de estar a ver alguém conhecido. O problema é que na maior parte das vezes não sei de onde conheço a pessoa em questão, não sei se alguma vez falei com ela e, por isso fico na dúvida de estarei a ignorar alguém que deveria cumprimentar...

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